quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Solstício

Equador de minha bússola
Capricórnio de minhas medidas
Verticais de minhas insistências
Horizontais a teu lado.

Medidas que nunca entendi
Mas que me despertam a cada centímetro
Distâncias de meu ego
Emblemático e sarcaz!

Punido, pelos cartesianos olhos.
Que desconheço e desmereço
Cruzo o norte deste tempo
E vou para o sul de meus temperamentos

Solstício anual
Primavera primordial
Leve-me comigo para onde o vento ecoar
Faça-me sentir o verbo amar

Torne-me capaz de aquecer os pólos
De esfriar os vulcões interioranos
Quero ser a topógrafa de teus planos
A artista de teus sonhos

Deixe-me pintar os céus de lilás
As cordilheiras andar!
Os mares a navegar
Até teus braços chegar...

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