Sinto-te como uma manhã de chuva
Como um orvalho molhado
Como um doce saboroso
Sinto-te como se sente o universo
Disperso nas palavras que não digo
Naquelas que repito silenciosa
Nas claras manhas de domingo
Doce instinto
Te precinto
Desejo-te
Doce essência e cheiro
Teu sabor não sei!
Teu peito não toquei!
Mas me sinto farta
Nas mínimas palavras
Por vezes ditas, por vezes atadas
Perdidas nas falsadas
Alçadas por meus pulsos e punhos
Agora meu coração bate
Como água salgada nas rochas no mar
E me faz amar
Sem saber a direção
Mas se prende sem direção
Sem pedir licença ou perdão
Se coloca a vida
Na espera de um toque
Como se toca um vilão
Afinado pela emoção
Solto pelos fartos dedos
A tocar!
E te toco a cada momento
Em pensamento
Em sentimento
Espero-te como se espera a vida
Como se espera a tarde
Para que se farte a felicidade
De cheiro, amor e essência.
Que o amor saída da inocência
E se torne algoz
Se torne voz
Carne e paixão.
Doce aproximação.
Magali de Rossi
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