Os campos estão coloridos
Amarelos, verdes tinidos.
Estão balançando a o som do vento
Dançam a o tom do tempo
E pintavam soares de bem-te-vis
Borravam topes de Almadovar
Apagavam pedras e espinhos
No caule das rosas.
Era perfeito
Era único
Era eterno
As Violetas falavam com as margaridas
E as margaridas ouviam as borboletas
Faziam uma sinfonia de lampejos
Lantejoulas e sacolejos.
Rosadas as arvores verdes
Os pica-paus picavam as nuvens
Que tinham sabor de chocolate
Parecia até arte.
Piruetas davam as joaninhas
Pequeninas e ordeiras
Saboreavam as roseiras
Vermelhas de sangue e fervor
Seduziam os olhos do pintor
Esquecido do lilás
Que estava atrás do verde rosa
E da imensidão
Pintava o campo do coração
Pintava as avenças da alma
Pintava com a calma
A esperança do amanhã
Pintava todas as flores
Com escolha e ternura
Pensava não existir amargura
Naquela imensidão
Pintavam todas em suas telas futuras
E ouviam somente as fascinas
Pintavam violetas, mas vivas eram as margaridas.
Que ouviam silenciosas e entendiam
O entardecer e o amanhecer
Sabiam da chuva e do sol
Sabiam das arvores e dos rios
E silenciosas não apareciam
Porque de brilho pouco as tem
Mas no vai e vem do vento
E com temperamento
Descobriam no silencio
Misterioso silêncio do pintor
Escondido e por ele despercebido
Como a gota de orvalho
Como o atalho
Como a gota de tinta no assoalho.
Magali de Rossi.
segunda-feira, 2 de março de 2009
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