terça-feira, 17 de março de 2009

O SILÊNCIO DAS POESIAS

Compasso de minha sanidade
Concurso de meus apelos carnais
Sinto-me perder em bússola os meus planos
Insanos impulsos

Arrasto meus braços e dedilho ao vento
Escureço o dia e ilumino meu peito
É desejo
É pleno

Escrevo o inatingível dos amores
O atingível da longínqua sorte
No tabuleiro do amor

Parceiro e inimigo, amor!
Colapso das madrugadas
Ao lado do calor artificial de minhas pernas

Queria escrever em salabares indiscretos
Os vocábulos de minha vontade
Gostaria que a verdade de meus lábios
Gritassem

E por fim dar adeus a palavras
Neste papel branco e desbotado
Esquecer ao lado da penteadeira

A velha e antiga asneira
E trocar por gemidos e gritos
As cordiais poesias alheias.



Magali de Rossi

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