Compasso de minha sanidade
Concurso de meus apelos carnais
Sinto-me perder em bússola os meus planos
Insanos impulsos
Arrasto meus braços e dedilho ao vento
Escureço o dia e ilumino meu peito
É desejo
É pleno
Escrevo o inatingível dos amores
O atingível da longínqua sorte
No tabuleiro do amor
Parceiro e inimigo, amor!
Colapso das madrugadas
Ao lado do calor artificial de minhas pernas
Queria escrever em salabares indiscretos
Os vocábulos de minha vontade
Gostaria que a verdade de meus lábios
Gritassem
E por fim dar adeus a palavras
Neste papel branco e desbotado
Esquecer ao lado da penteadeira
A velha e antiga asneira
E trocar por gemidos e gritos
As cordiais poesias alheias.
Magali de Rossi
terça-feira, 17 de março de 2009
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