terça-feira, 17 de março de 2009

RELAÇÕES LIQUIDAS


Água, fluido, sentido!
Tripé da imaginação
Convulsão do parecer
Mordaça do amanhecer

Acordar saborear
Sentir o cheiro
Tempo e espaço únicos
A dicotomia não é sintonia

Há era bem cedo
Chovia nas calçadas
Lavava a alma
Dos pedidos finais

Lamaçais cobriam as dúvidas
Ventos cortavam as angustias
Era sexta – feira
Era o fim da rasteira

Esperávamos o impossível
O inevitável prazer
Do liquido para o sólido
Do gela para a água

A combustão do prazer
A química do fazer
Nas formulas primordiais
Era ciclo novo!

Dos permitidos, dos desprovidos.
Dos vivos lábios úmidos
Pela vontade eterna de se permitir
Sentir, agir e mudar.

Do sentido para o verbo amar
Do provérbio temporal
A mudar

Era só liquido
Era só chuva
Era só sexta-feira
Eram somente duas mentes.

Iguais e diferentes
Com ideais pontuais
Com olhos imortalizados
Pela freqüente vontade de amar
O impossível e o possível!

Magali de Rossi

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